
A sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados virou um campo de batalha nesta quarta-feira (9/4), durante a análise do processo que pode cassar o mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Em um gesto radical, o parlamentar anunciou greve de fome até o fim do julgamento, enquanto aliados e opositores se enfrentavam no plenário.
O MOTIVO DA POLÊMICA
Glauber Braga é acusado de quebrar o decoro parlamentar após expulsar aos chutes um integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) em 2024. O caso foi parar no Conselho de Ética a pedido do Partido Novo, mas o deputado alega legítima defesa e acusa o relator, Paulo Magalhães (PSD-BA), de parcialidade.
CENA DE CAOS NO CONGRESSO
- Greve de fome: “Não vou me alimentar até o fim deste processo”, declarou Braga, que permaneceu na sala em jejum total.
- Manobras para adiar votação: Aliados do PSOL usaram táticas de obstrução, incluindo cantar “Parabéns” para a líder Talíria Petrone, que completava aniversário.
- Protestos acalorados: Apoiadores gritavam “Glauber fica!” nos corredores, enquanto o ator Marco Nanini compareceu para apoiar o deputado.
- Sala superlotada e sem ar-condicionado: Parlamentares reclamaram do calor e tentaram suspender a sessão, mas o presidente Leur Lomanto Júnior (União-BA) manteve a votação.
O QUE ESTÁ EM JOGO?
Se o Conselho de Ética aprovar o parecer pela cassação, Glauber Braga perderá o mandato – um desfecho que pode agravar a tensão política na Câmara. O PSOL já acusa o processo de ser uma perseguição política.
Enquanto isso, o deputado promete resistir até o fim, mesmo que isso signifique jejuar por dias. A próxima sessão promete ainda mais confrontos.