
Em uma noite para esquecer (ou lamentar), o Corinthians teve mais sorte que futebol e arrancou um empate duvidoso contra o América de Cali, na Colômbia, pela Sul-Americana.
O Timão tropeçou, vacilou e quase entregou o jogo, deixando claro que ainda não acertou o passo na competição. Se dependesse apenas da atuação, a derrota seria inevitável – mas o futebol, às vezes, premia os improváveis.
O 1 a 1 mantém o Corinthians vivo no Grupo C, mas a pergunta que não quer calar: até quando o time vai depender de milagres em vez de futebol de verdade?
A torcida não merece sustos, e o time não pode se contentar com migalhas. Se não acordar rápido, a aventura na Sul-Americana pode ter um fim amargo.
O Timão entrou em campo contra o América de Cali sem seis peças importantes – cinco delas titulares – e ainda assim conseguiu um empate de respeito na Sul-Americana. Com um meio-campo improvisado (Maycon, Martínez e Ryan) e um ataque alternativo (Romero, Talles Magno e Héctor Hernández), o time de Ramón Díaz lutou contra as circunstâncias e só encontrou seu ritmo após os 60 minutos, com as entradas de Carrillo, Yuri Alberto e Breno Bidon.
Foi quando o verdadeiro Corinthians apareceu. Carrillo, em especial, deixou sua marca: antes do passe magistral para Matheuzinho no gol do empate, o peruano já havia criado duas chances claras, incluindo uma cabeçada perigosa de Hernández.
O time mostrou que tem qualidade, mas o calendário brutal e a falta de preparo físico pesam. Com tantos jogos, viagens e pouco tempo para treinar, é impossível manter o alto nível o tempo todo. A equipe é forte, mas precisa de reforços e gestão inteligente para sobreviver à maratona de compromissos. A torcida pode respirar aliviada, mas o desafio só aumenta.